Estamos encaminhando o Panorama do Mercado Imobiliário de 2021 e julgamos interessante ressaltar as informações mais importantes na análise do ano.
1. No ano, não obstante os esforços do mercado, a quantidade de imóveis ofertados para locação aumentou 12,06%, sendo que tal fato aconteceu tanto nos residenciais (+14,20%) quanto nos comerciais (+12,11%). Porém, outros tipos (peça, flat, chácara, sítio, terreno, garagem ou box ) tiveram uma queda de 3,54%;
2. Apesar de não acompanhar o IPCA/IBGE, os preços médios do m² dos imóveis residenciais, para locação em Porto Alegre, experimentaram um aumento de 9,19% em 2021. Na categoria comercial, as lojas tiveram um aumento de 11,24% e as salas, 13,14%. É um dado alvissareiro, que poderia evidenciar uma reação de mercado;
3. A velocidade de locação ao final do ano alcançou 13,53 meses. Um recorte indesejado que se deve preponderantemente ao aumento no estoque;
4. A média do ano da inadimplência de aluguéis de 2,51% foi inferior à de 2020 (que foi de 3,81%). Poderia se interpretar o dado como uma evidência de maturidade dos atores a partir de frutíferas negociações;
5. O ano de 2020 foi complicado para as locações. Entretanto, 2021 mostrou uma boa reação nos imóveis alugados, pois em relação a 2019 (frisamos que é sobre 2019, isto é, antes da pandemia) houve um aumento de 18,48% nas locações residenciais e 6,25% nas locações comerciais;
6. Quanto as vendas, referindo-se
especificamente à capital, observa-se que, em relação ao ano anterior, ocorreu
um aumento de 25% na quantidade de imóveis vendidos. O dado é importante porque
exibe a volta da confiança aos compradores;
7. O pulo de escrituras na capital de
29.786 em 2020 para 37.197 em 2021 traz a demonstração do aumento de escrituras
no período;
8. O mesmo fenômeno foi verificado na
cidade de Canoas, posto que, em 2021, a quantidade de escrituras se elevou em
33%, um recorde nos últimos 5 anos;
8. Voltando à capital, é notável que,
considerando os últimos 5 anos, o estoque total dos imóveis usados para venda
aumentou somente 6,5%. As unidades residenciais se elevaram em 3,4%. Contudo,
as comercias deram um salto para 40,2%. A recuperação da economia, por certo,
fará com que a quantidade comercial adicionada tenha colocação;
10. Na oferta de imóveis no ano,
verificou-se pequenas variações de preço médio de m² para venda, ainda que
positivas;
11. Interessante notar os bairros com maior
preço de m² no ano para venda de residenciais usados, onde desponta o bairro
Três Figueiras;
12. Informação importante é a que mostra a
rentabilidade nas locações dos apartamentos de 1, 2 e 3 dormitório(s), de
6,22%, 5,84% e 5,32% ao ano, ao se comparar com aplicações em poupança, por
exemplo;
13. A importância dos condomínios na vida
das pessoas pode ser observada pela quantidade deles na capital. O bairro
Petrópolis é o líder nesse tipo de habitação;
14. Os depósitos em poupança representam fonte
importante de financiamento. Por isso é de se lamentar um resultado negativo
que aconteceu no ano, inusitado desde 2016;
15. Notável no ano foi o aumento dos
financiamentos para construção pelo SBPE. Porém, nota-se que a partir de
agosto, foram ocorrendo redução na quantidade de unidades financiadas, muito
provavelmente pelo aumento dos juros;
16. Deve-se dar um destaque ao
financiamento imobiliário com recursos do FGTS, que tem sido reduzido ao longo
do tempo. Trata-se de uma fonte de destaque e que tem perdido verba para outras
destinações;
17. Salienta-se que, no ano, na construção se viu um aumento de quase 245 mil postos de trabalho no Brasil. Nas atividades imobiliárias foram quase 18 mil, em relação ao começo do ano;
18. No que concerne ao humor do
mercado gaúcho, percebe-se certo otimismo para a venda e locação em 2022.