Em um esforço conjunto, os Secovis - sindicatos da habitação de 15 estados e do Distrito Federal - com associações setoriais elaboraram e reuniram em uma publicação os indicadores e os principais desafios do setor de comércio e serviços imobiliários. O documento, intitulado Agenda Legislativa & Projetos Prioritários - Setor de Comércio e Serviços Imobiliários 2019/2020, será apresentado no dia 28 de maio, na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). O objetivo é reforçar a importância e o protagonismo do segmento no processo de retomada do crescimento econômico e avançar no debate de temas centrais para a cadeia produtiva da habitação.
A agenda de 2019 apresenta teor didático diante da renovação parlamentar ocorrida nas últimas eleições. Com o parlamento novo - mais de 50% dos parlamentares eleitos para o primeiro mandato - a ideia é reconstruir as relações através do levantamento de informações atualizadas no segmento, em um mercado que apresenta um alto nível de regulamentação.
"O documento destaca as áreas de atuação do setor e
que envolvem inúmeros projetos que tramitam na Câmara e no Senado. A
consequência é reforçar a segurança jurídica no segmento, proporcionando
investimentos que contribuam para a redução do déficit habitacional, que segundo
pesquisa realizada em 2015, pela Fundação Getúlio Vargas, está na ordem de 7,7
milhões de unidades no País", avalia Pedro Wähmann, presidente do Secovi Rio.
Foram selecionados assuntos de maior impacto para condomínios,
administradoras e imobiliárias. O resultado é um compilado com quatro projetos
prioritários, cada um acompanhado de um detalhamento com embasamento técnico e
legal. A agenda está agrupada em temas como Desenvolvimento Urbano;
Comercialização; Incorporação; Locação; Terrenos de Marinha; Condomínios.
1) LOCAÇÃO: Inviabilizar
as locações com o excesso de regulação causa consequências desastrosas para
toda a sociedade. Cada vez mais, cabe ao legislador, assegurar o investimento
em imóveis destinados a locação e moradia digna. Um dos caminhos a seguir é a
preservação das garantias locatícias trazendo mais segurança jurídica para o
setor imobiliário.
CONDOMÍNIOS: Nas
legislaturas anteriores, inúmeros projetos resultaram no aumento das despesas para
os condomínios sem qualquer contrapartida. É importante que o legislador
entenda a realidade condominial antes de apresentar projetos caros e, às vezes,
inúteis.
2) COMERCIALIZAÇÃO
E INCORPORAÇÃO: Reduzir
as incertezas e melhorar a confiança são necessárias para a melhoria do
ambiente de negócios. Cabe ao legislador propor e apoiar projetos de lei que
privilegiam o equilíbrio contratual do setor imobiliário.
3) TERRENOS DE
MARINHA: Com a
aprovação da PEC 39/2011, se espera a extinção definitiva do instituto dos
terrenos de marinha que remonta 1831 para permitir o direito real de
propriedade aos imóveis.
4) DESENVOLVIMENTO URBANO: Projetos de
lei sobre uso e ocupação do solo devem privilegiar a infraestrutura, a
mobilidade e a segurança. É o caso, por exemplo, dos condomínios urbanísticos,
estratégicos para o desenvolvimento urbano.
"Com o lançamento da Agenda Legislativa & Projetos Prioritários visamos ampliar o fórum de discussão e aprimorar cada vez mais o diálogo transparente e direto já estabelecido com o Poder Legislativo, reforçando a presença do segmento no Congresso Nacional" -, destaca Wähmann.
Acrescenta o presidente do Secovi/RS, Moacyr Schukster, "que este é um trabalho que se desenvolve o ano todo, mas que na data mencionada far-se-á um esforço conjunto no sentido de esclarecer e pontuar as diversas pautas que nos interessam."
A Agenda
Legislativa & Projetos Prioritários - Setor de Comércio e Serviços
Imobiliários 2019 é resultado de
um trabalho dos sindicatos da habitação de Alagoas, Bahia, Distrito Federal,
Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio
de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins.
Também participaram a Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis
(ABADI), a Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São
Paulo (AABIC-SP) e a Associação dos Administradores de Imóveis do Ceará (AADIC),
Associação Brasileira de Mercado Imobiliário (ABMI RS), Associação das Empresas
do Mercado Imobiliário do Estado do Espírito Santo (ADEMI ES) e Fecomércio RR.
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